Diante da crescente preocupação com a qualidade dos cursos de Medicina no Brasil, o SINDMEPA reforça seu posicionamento em defesa da formação médica de excelência. A proliferação desordenada de faculdades de Medicina, muitas sem estrutura mínima e sem compromisso com a qualidade do ensino, tem colocado em risco não apenas o futuro dos profissionais formados, mas também a segurança da população atendida.
A discussão sobre a criação de um exame nacional semelhante ao da OAB para médicos evidencia o colapso de um sistema de regulação falho e a urgência de medidas concretas. Entretanto, é fundamental que o foco não recaia apenas sobre o estudante, mas que o Ministério da Educação (MEC) e os órgãos reguladores assumam sua responsabilidade com uma fiscalização rigorosa, fechamento de cursos irregulares e revisão de políticas de abertura de vagas.
O SINDMEPA defende a implementação de um exame seriado para avaliação da formação médica, com provas no 2º, 4º e 6º anos da graduação, conforme proposta aprovada no Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM). O modelo permite o acompanhamento contínuo do desempenho dos estudantes e das instituições de ensino, possibilitando a identificação precoce de falhas na formação, promovendo a melhoria do ensino médico e permitindo, se necessário, medidas corretivas em cursos com desempenho insatisfatório.
Reiteramos nosso apoio a critérios técnicos e éticos rigorosos para a abertura e funcionamento de cursos de Medicina, valorização do corpo docente, fortalecimento dos hospitais de ensino e adoção de políticas públicas que priorizem a qualidade, não a quantidade.
Estamos ao lado da sociedade e dos profissionais comprometidos com uma Medicina que honre sua missão maior: cuidar da vida com competência, responsabilidade e dignidade.
Diretoria do SINDMEPA