Médicos da urgência e emergência de Belém estarão em triagem permanente a partir de hoje (3)

“Todo dia merece o registro de um Boletim de Ocorrência no Guamá”, esta foi a fala de um profissional da medicina durante assembleia permanente de ontem (1) com médicos da do HPSM do Guamá, UPA de Icoaraci e SAMU, no Sindmepa, que ratificou o movimento chamado de “triagem permanente”, com equipes completas, para hoje (3), a partir das 7h.

Sem materiais, medicamentos e equipamentos para atender a grande demanda nas urgências e emergências do município, os médicos seguem tentando atender pacientes em meio ao caos. “Diariamente presenciamos cenas desumanas”, disse um médico ao falar que o HPSM do Guamá .“Temos que escolher dar assistência ao que está em estado mais grave, porém, enquanto isso, outros pacientes padecem pela falta de infraestrutura para atendermos”, concluiu.

As dificuldades de atendimento têm se intensificando tanto nas unidades de urgência e emergência que no início da noite de ontem, um médico ortopedista teve que explicar a seus pacientes que estava sem condições de atendê-los por conta da falta de do aparelho de Raio X. O médico e os pacientes, inclusive, se deslocaram até uma delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência.

Em assembleia permanente desde o dia 18 de fevereiro, os médicos também decidiram registrar Boletins de Ocorrência de todas as situações que comprometam o atendimento e vão organizar um ato de repúdio dia 14 de março, das 8h às 12 h, na porta do HPSM Guamá, reunindo médicos das unidades que estão fora da escala de plantão do dia.

O movimento de triagem luta por melhores condições de trabalho em relação as instalações, contra a falta de materiais, medicamentos e equipamentos além das graves defasagens da remuneração. “Os médicos do município de Belém são os únicos no Brasil a receber salário base abaixo do salário mínimo em vigor”, afirma o diretor João Gouveia. “Lutamos também pela população que, assim como os médicos, sofre com a situação caótica que a saúde se encontra em Belém”, concluiu.

Uma resposta

  1. A falência da urgência e emergência é grande parte de responsabilidade da gestâo desastrosa da Atenção
    Básica .ESF incompletas(devido o desvio da verba recebida do Ministério da Saúde)a ESF Riacho Doce teve
    R$100.000,00 cem mil reais) gastos em obra que não valeu R$30.000,00(trinta mil reais),permanecendo sem
    outro consultório médico,farmacia diminuta,falta de sala de esterilização,sem sala de curativos(verdadeiro
    terror,principalmente para pacientes diábeticos com ulceras,que terão de bancar os caros curativos necessários.
    por ultimo falta do gabinete dentário previsto na reforma.Também seria para funcionar com 2 equipes,devido
    a grande demanda de pacientes(afora 700 famílias de área descoberta).Este médico é responsável rotineiramebnte pelas 2 equipes,pela alta rotatividade dos médicos da equipe I.A Sesma ainda promove perse-
    guição política ao médico (mesmo atendendo 35 pa]cientes/dia,foi assaltado c/desconto de R$4.000,00.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *